Singularidade

Perdido no deserto, cada passo é uma despedida do que fui, e minha alma se desfaz como grãos de areia levados pelo vento impiedoso. No silêncio da imensidão, onde a esperança se dissolve como o crepúsculo no horizonte, ela aparece não como um ser, mas como uma visão sagrada, uma Deusa forjada nas chamas do cosmos. Seus cabelos são como noites coberto de puro breu e insondáveis, rios de escuridão fluindo como névoa densa sob o olhar distante da lua, enquanto sua pele emana a luz de uma estrela ainda em gestação, cortando as sombras que me aprisionam com a lâmina cintilante da criação.

Sem uma palavra, sua presença preenche cada vazio dentro de mim, como se fosse a chave que finalmente desbloqueia o sentido de minha jornada. Ela não é apenas uma visão divina; ela é o centro de tudo, a razão pela qual o caos da minha vida começa a fazer sentido. Com ela, o deserto deixa de ser uma prisão e se transforma na estrada para minha redenção, uma estrela que, ao brilhar em meu mundo sombrio, revela o propósito oculto que sempre busquei. Ela é tudo para mim, a força que dá significado ao meu ser e à minha jornada.

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